Como foi desenvolvida a logo da Zerotrack?

Quem nunca olhou para uma logo e pensou “essa até eu faria”. Na verdade, é na simplicidade de alguns projetos que são encontradas as maiores dificuldades – como agregar valor em tão pouco conteúdo? Uma logo simples dá margem para diferentes interpretações? Questões como essas dificultam o trabalho do designer. Por isso, Vincent Pasquier – o designer que criou a logo da Zerotrack – concebeu para nós um artigo sobre como foi projetada a logo Zerotrack:

PARECE SIMPLES…

Quando conheci o @tiagomx, percebi que esse profissional tinha uma proposta bastante diferente. Foi ele quem me apresentou ao Twitter na época, por exemplo.

Após um certo tempo e algumas mudanças na empresa dele, fui apresentado ao Alexandre @trektrek e fui convidado para desenvolver a logomarca da nova start-up:

“Zerotrack”

Uma honra e um imenso prazer, já que criar uma logo sempre foi meu “tesão” profissional. Após uma bem humorada e criativa reunião de briefing, mãos à obra (no meu caso, papel, lápis e borracha). Primeiros rascunhos, ideias, conceitos. Público alvo, metas, posicionamento.

O desafio neste caso era transmitir seriedade antenada, irreverência inteligente, profissionalismo bem humorado, inovação descolada. Uma ampla pesquisa de formas, cores, ícones e fontes se iniciou. Logo, três conceitos se destacaram:

1. O radar/bússola que norteiam as empresas no labirinto das redes sociais.
2. Montagem tipográfica com ZerO.
3. O jogo-da-velha com suas bolinhas.

Conceitualmente, esta última linha era a mais interessante, pois era embasada nos conceitos a seguir, que representam a inteligência de uma maneira lúdica. Do mais, se lê associativamente o “Z” de Zerotrack.

imagens-conceitos

Paralelamente à pesquisa iconográfica, a pesquisa tipográfica demostrou que a fonte que mais combinava e transmitia as palavras chaves acima citadas era a ITC Stone Informal.

Apesar do seu estilo mais “clássico” e como o próprio nome diz, informal, combina no seu desenho o “Serif” e o “Sans Serif” (reparem a letra “T” e a perna da letra “K”), transmitindo seriedade e modernidade ao mesmo tempo.

estudo1
pesquisa-tipos

Hora da primeira apresentação. Ansioso, apresentei as primeiras propostas:

apresentacao1

Depois de uma breve apresentação, defendi cada conceito e chegamos juntos à conclusão de que o conceito das “bolinhas” era o que mais se encaixava com os propósitos da empresa.
O passo seguinte foi trabalhar os detalhes e as cores, tentando fugir das óbvias.

estudo-cores

Optou-se por deixar o fundo Redondo, que apesar de deixar a marca mais “fechada” era mais impactante; e pela forma que lembrava um “zero”. Decidiu-se também deixar o contorno com uma linha de espessura constante.

Voila!

Seguem as versões finais verticais e horizontais em PB e CMYK. Você vai reparar que há uma ligeira diferença de tonalidade entre as logos com fundo claro e fundo escuro.
Isso se deve ao fato que o olho humano compensa esta percepção, dependendo do contexto das aplicações.

logo-final-cmyk-pb

E os cartões com a logomarca aplicada:

cartoes

Para quem chegou até aqui, muito obrigado!

Espero ter explicado um pouco o processo para o desenvolvimento de uma logomarca.

Parece simples…. parece.

Um pouco mais sobre mim:
Nasci na Suíça, mas desde cedo tive a oportunidade de viajar pelo mundo. Depois de uma estadia na Africa (a qual mudou drasticamente minha visão sobre o mundo), retornei à minha pátria Helvetia e formei-me em Design Gráfico na Escola Superior de Artes Visuais de Lausanne (Suíça) www.ecal.ch .

Após algumas experiêncas na Europa e Canadá, atuo há mais de 14 anos no mercado de Florianópolis como Diretor de Arte, cargo ocupado atualmente na Sonar Comunicação Mix – www.sonarmix.com.br .

Contatos:
Vincent Pasquier
Fone: (48) 9116-1414
e-mail: vinzdesigner@gmail.com
Skype: vinzbrazil
Twitter: @vinzbrazil

Meu site, em colaboração com a Zerotrack, será lançado em breve!

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