Viva a Fantasia II

Gilles Deleuze, por @alan_hook

Acreditar na fantasia requer um nível elevado de abstração natural das coisas. Reconhecer que somos capazes de desejar realidades futuras é o primeiro passo para negar absolutamente o que está estabelecido e promover novos fluxos de significados. A ficção é uma correlação com o presente, já que nossas visões de mundo são baseadas naquilo que sabemos identificar.

“Correlacionar projeções ficcionais com qualquer outra projeção é criar uma nova projeção, ainda que derivativa”.

Criatividade compartilhada é criatividade construída. Os fluxos e sinapses são dados a partir dos conhecimentos, saberes, vivências e culturas. Ao encontrar novos relacionamentos entre anseios e projeções, amplia-se a capacidade de gerar novos significados – projetar futuros.

Acreditar que dessalinizar a água do mar ou resgatar mineiros soterrados é tão possível quanto acreditar que o ser humano pode nascer de uma proveta ou que existíra uma panela especial para cozinhar no espaço. A fantasia é a chave para transformar futuros em realidades – os novos acontecimentos da nossa era.

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